Introdução
Este trabalho quer conciliar a Filosofia nas ciências experimentais. Conduzindo a reflexão nestes termos, pretende-se contribuir para um ensino mais prático e empreendedor e, ao mesmo tempo, incentivar um ensino teórico prático no sentido mais pragmático, usando a expressão de Habermas.
O trabalho parte duma observação empírica de que o contributo dos formandos faz-se sentir pouco na vida prática, mostrando-se mais formados a ser empregados do que empreendedores. A filosofia deve responder aos problemas do homem do hoje.
1. Fundamentação
É frequente ouvir-se que o contributo dos formandos faz-se sentir pouco na vida prática. Inclusive, o próprio governo tem enfatizado na necessidade de incidir no carácter prático do ensino, deixando entender, indirectamente, que o actual ensino é muito teórico. Acusa-se que os estudantes são formados a serem empregados do que empregadores. São poucos empreendedores. O problema torna-se mais grave quanto mais se consideram os estudantes muito apegados à teoria, ignorando o lado prático, enquanto outros muito apegados à prática sem conseguir fazer um entrosamento dos dois pólos de conhecimento. Acredita-se como solução que, a associação dos dois tipos de conhecimento, o teórico e o prático, ajudará a mudar muita coisa no seio da nossa sociedade, sobretudo no que diz respeito à integração no mercado sócio-económico. Não se explica que com tantos quadros que começam a surgir em Moçambique se esteja muito longe de encontrar soluções adequadas para a crítica situação sócio-económica em que o País se encontra.
2. Problema
Apesar Filosofia parecer à primeira vista como teorética, importa, por sua vez, questioná-lo em que medida ele ajuda, de facto, a assegurar, a dimensão prática do ensino para a solução de problemas na nossa sociedade.
3. Objectivos
A reflexão deste trabalho envolve-se numa discussão que pretende ressaltar a necessidade de um ensino mais pragmático, e enriquecido com base num referencial teórico-prático.
3.1. Objectivo geral
Apresentar a Filosofia através do método instrumentalista de John Dewey e do falsificacionismo de Karl Popper como um dos métodos pragmáticos prováveis na resolução de problemas de ensino e aprendizagem verificados em algumas instituições de ensino em Moçambique.
3.2. Objectivos específicos
- fazer entender o que é o Pragmatismo;
- fazer entender o que é falsificacionismo;
- mostrar as suas vantagens e as suas limitações no contexto da aprendizagem;
- apresentar as relações existentes entre o ensino teórico reflexivo e o ensino prático, no campo do saber, de forma a levar o estudante a um saber fazer que o torne proactivo e empreendedor,
- demonstrar a conciliação da Filosofia com as ciências experiementais
4. Hipóteses do Trabalho
A reflexão é apoiada por duas hipóteses. A primeira diz que a introdução de um método pragmático poderá facilitar a aprendizagem por parte do estudante e capacitá-lo para a solução de problemas práticos, no sentido do saber fazer.
A segunda hipótese refere-se que, apesar da Filosofia ser teorética, é possível conciliar a experiência com a teoria.
5. Metodologia
Neste trabalho, propõe-se usar o método descritivo e analítico, a partir duma análise crítica e reflexiva das obras existentes para a realização deste trabalho.
Bibliografia
DEWEY, John. Como Pensamos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959. In: Wikipédia.
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__________. Experiência e natureza; Lógica: a teoria da investigação; A arte como experiência; Vida e educação; Teoria da vida moral. Trad. de Murilo Leme, Anísio Teixeira, Leonidas de Carvalho. São Paulo: Abril Cultu.
__________. A Arte como Experiência. Trad. M.O.R.P. Leme. São Paulo: Abril Cultural,
1980
__________. A Filosofia em Reconstrução. Trad. E.M. Rocha. São Paulo: Companhia
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POPPER, Karl. A Lógica da Pesquisa Científica, São Paulo: Cultrix, 18a edição, 2006.
__________. Autobiografia Intelectual, São Paulo: Cultrix/EDUSP, 1977.
__________. Conjecturas e Refutações, Brasília: Editora da UNB, 1980.
__________. A Miséria do Historicismo. São Paulo: Cultrix/EDUSP. 1980.
__________. A sociedade aberta e seus inimigos. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1998. 2v.
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